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Inglês no Supermercado – Vocabulário, gramática, cultura e dicas

Palavras inglesas em embalagens e rótulos são usadas para ampliar vocabulário, melhorar pronúncia e expandir cultura geral.

 
 
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Curiosidades e dicas do inglês escrito: influência normanda e defesa da ortografia atual

Inglês no Supermercado - Vocabulário, gramática, cultura e dicas Publicado em por John D. Godinho

Sabe-se que quase toda a produção escrita em inglês após a conquista de William, em 1066, era feita por normandos – por um motivo muito simples: os anglo-saxões, como já observamos, eram geralmente analfabetos. Por ignorância ou despeito, quem sabe, os escribas normandos desandaram a representar, em símbolos romanos, todos aqueles sons estranhos do inglês antigo. Como não havia parâmetros, eles escreviam o que ouviam ou o que achavam que ouviam, cada um exercendo as suas preferências ortográficas. O resultado das deficiências auditivas de então era inevitável. Dali surgiu uma enorme variação na grafia das palavras mais comuns que permanece até hoje, para o desespero dos falantes do idioma, nativos ou não.

William the Conqueror, seated center, flanked by Odo, Archbishop of Canterbury, left, and Rotbert, right

Fragmento da Tapeçaria de Bayeux (Bayeux Tapestry)
que conta a história da Conquista Normanda em 1066

Com esse histórico, não é de espantar que a ortografia inglesa seja tão imprevisível. Basta dizer-se que existem entre 44 e 52 sons diferentes em inglês (dependendo do linguista) e mais de 200 formas de escrevê-los. O som da palavra air (ar), por exemplo, pode ser escrito de trinta e oito formas, se você incluir nomes próprios, geralmente com significados diferentes: heir, Aire, Ayr, e’er, ere etc. E há mais. O som longo da letra O /ô-u/ pode aparecer nas formas mais inesperadas (go, beau, stow, sew, doe, though, escargot etc.) e o som longo da letra A /ei/ não fica atrás: (hey, stay, make, maid, freight, great etc). Este foi um dos resultados da adaptação do alfabeto romano para atender aos sons da língua inglesa. É óbvio que alguém exagerou na receita. Sem dúvida, os escribas normandos contribuíram, e muito, para a confusão reinante, mas também não há dúvida de que a imaginação do inglês se aproveitou da situação para dar asas ao desvario. E, é claro, essa instabilidade ortográfica só podia ficar mais acentuada com a importação desenfreada de vocábulos e expressões de línguas estrangeiras.

A ortografia inglesa que finalmente ficou “congelada” e permanece até os dias de hoje, é como se fosse uma cidade perdida no tempo. À medida que o linguísta / arqueólogo vai cavando, ele descobre os vários níveis em que ela foi construída ao longo dos séculos. As palavras aparecem como fósseis em diferentes camadas ortográficas: existe a subcamada do vernáculo anglo-saxão, dinamarquês, viking e germânico; depois a camada representada pelo material normando-francês e, por fim, a camada mais à superfície, isto é, o neolatim (latim e grego latinizado). Os estudiosos classificam esse estado de coisas como “um sistema de sistemas”, e tentam distinguir os vários grupos através de uma análise etimológica, muitas vezes em vão.

As complicações continuam porque muitas palavras migraram de grupo para grupo até que já não são suscetíveis de classificação.

Defesa da ortografia inglesa

Mesmo assim, ainda existem estudiosos que fazem a apologia da ortografia inglesa, isto é, dizem que ela não é tão ruim quanto parece e que, no final das contas, até tem alguns pontos positivos. No seu livro Our Language, Simeon Potter argumenta que existem pelo menos três características que mais do que compensam as extravagâncias: as consoantes têm uma regularidade de pronúncia previsível, não existem sinais acessórios da escrita (tais como os acentos agudo, grave, circunflexo, o til, a cedilha) e, acima de tudo, o inglês mantém a grafia de palavras estrangeiras, de forma que pessoas de vários cantos do mundo conseguem decifrar os significados de milhares de palavras que seriam irreconhecíveis se escritas foneticamente.

Mas há quem não concorde.

Nota do Autor: Outros aspectos do inglês escrito serão abordados em artigos futuros.

Capa do livro Once Upon a Time um Inglês do autor John D. Godinho

O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta escrito por John D. Godinho. Adquira essa obra nos seguintes endereços:
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Leia também:
A origem da Received Pronunciation
Confusão gerada entre a pronúncia e a escrita inglesa
“Glottal Stop” e Pronúncias Desregradas do H, GH e OUGH

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