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Inglês no Supermercado – Vocabulário, gramática, cultura e dicas

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O certo e o errado em inglês: regras normativas e descritivas

Inglês no Supermercado - Vocabulário, gramática, cultura e dicas Publicado em por John D. Godinho

Para um linguista, a linguagem humana é como o mergulho de um boto ou o canto do sabiá. Os animais são os peritos na sua forma de ser, os donos da bola como se costuma dizer. Quem se atreve a dizer se o balé aquático dos botos cor de rosa está sendo bem executado, quando a coreografia é uma criação dos próprios botos? Quem poderá reclamar que o sabiá está fora do tom, quando o autor da melodia é o próprio sabiá? Por isso, a única forma de saber se uma expressão está gramaticamente correta, é perguntar às pessoas que a usam. Se houver consenso, ela se torna a regra. O resto é devaneio, dizem os linguistas. Mas se tudo é assim tão simples, por que toda essa polêmica? Por que, de acordo com alguns comentaristas, a língua inglesa está virando “um lixo”?

Regras Normativas e Descritivas

A confusão começa com o que é uma “regra” e o que é falar de “forma gramatical”. As definições desses termos, e sua aplicação, são diferentes para um linguista e para um gramático. As regras que aprendemos ou deixamos de aprender na escola são chamadas normativas, porque elas prescrevem as normas de como devemos falar. Já os linguistas se debruçam sobre outro tipo de regra, a regra descritiva, aquela que simplesmente descreve a forma como as pessoas realmente falam. Mas o debate vai muito além das discussões sobre regras normativas, descritivas, o correto, o incorreto, etc. Acima de todas elas paira a teoria de que a linguagem humana é instintiva e que o código da sintaxe já vem impresso no nosso DNA, como dizem os linguistas Noam Chomsky e Steven Pinker.

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Normative Grammar versus Descriptive Grammar

O mais interessante é que os adversários na disputa reconhecem a necessidade de haver “regras”. Sem elas, o idioma seria altamente prejudicado como meio de comunicação. Só que umas são impostas e outras são naturais, e, com frequência, os dois tipos entram em conflito. Uma criança sabe usar um verbo, um adjetivo, um pronome, um substantivo, e sabe colocá-los numa ordem lógica e natural no seu idioma. Se você lhe perguntar o que é um verbo ela pode pensar que é um brinquedo. Certamente, não foi mamãe nem papai que lhe ensinaram o que é um verbo, um pronome, etc., até porque mamãe e papai provavelmente já não se lembram ou nunca souberam o que são essas figuras. Pelo contrário, é um milagre que as crianças aprendam a falar corretamente a despeito da linguagem tatibitate que ouvem dos pais, dos titios e titias, que menosprezam suas vítimas com arremedos de linguagem que vão de bilu-bilu para baixo.

E o debate continua. Tanto em português quanto em inglês, ou qualquer outra língua, de que adiantariam as regras normativas se não existissem as regras fundamentais instintivas que permitem a criação natural de frases com os verbos, pronomes, adjetivos, etc., no seu devido lugar? Como explicar, por exemplo, a naturalidade com que uma criança de dois ou três anos diz: “o menino come a banana” em vez de “banana o come a menino”. Todo mundo presume que a criança já conhece as regras fundamentais e por isso elas nunca são mencionadas nos livros ou nas escolas. Na melhor das hipóteses, diz Pinker, regras normativas são meras decorações de pouca consequência. E dá um exemplo: o simples fato de que têm que ser aprendidas, às vezes a duras penas, já demonstra que são elementos estranhos à engrenagem natural da linguagem humana. Por esse motivo, não existe contradição em dizer que uma pessoa normal sabe, ao mesmo tempo, falar gramaticamente (seguindo as regras impostas), e não gramaticamente (seguindo as regras instintivas). É como dizer que um motorista e seu carro obedecem, sem qualquer esforço especial, às leis naturais da física, mas, por vontade ou negligência, violam as leis impostas pelo código de trânsito.

O estudante de inglês, sem ter o código da sintaxe do idioma impresso no seu DNA, é apanhado nesse fogo cruzado, e, com todo o direito, pergunta: “De onde, como e por que surgem as regras normativas? E de onde vem a autoridade daqueles que se julgam com o direito de dizer o que é certo e o que é errado?” É o que veremos nos próximos artigos.

Capa do livro Once Upon a Time um Inglês do autor John D. Godinho

O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta escrito por John D. Godinho. Adquira essa obra nos seguintes endereços:
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Leia também:
Ortografia irregular e esquemas previsíveis
O certo e o errado no inglês: as divergências
Propostas e reformas ortográficas na língua inglesa

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